A doença ou síndrome mão-pé-boca é uma enfermidade
viral contagiosa muito comum em crianças, caracterizada por pequenas feridas na cavidade oral, bolhinhas na pele das mãos
e nos pés.
A sua transmissão ocorre através do contato direto com
saliva,
fezes ou outras secreções e, indiretamente por alimentos ou objetos contaminados.
Os sintomas são semelhantes aos de um resfriado comum:
febre, dor de cabeça, garganta inflamada e falta de apetite. Um ou dois dias após é que começam a surgir as lesões características que dão o nome à doença, durando em média 21 dias.
Manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas surgem na boca, nas amídalas e faringe, geralmente evoluindo para ulcerações muito dolorosas, semelhantes a aftas. Na sequência, vem a erupção de pequenas bolhas, geralmente localizadas nas palmas das
mãos e nas plantas dos
pés, podendo ocorrer também nas nádegas e na região genital.
O tratamento se baseia nos sintomas presentes. Além dos Pediatras, os Odontopediatras também podem diagnosticar e tratar, prescrevendo analgésicos (dor) e antitérmicos (febre); terapia fotodinâmica (PDT) com laser de baixa potência para acelerar a cicatrização das lesões e, nos casos mais graves, indicando antivirais nas primeiras 72 horas. Soluções contendo anestésicos também podem ser usadas minutos antes das refeições, para diminuir o desconforto.
A Academia Americana de Dermatologia, recomenda o
banho de aveia para alívio da coceira e irritação das dermatites em crianças. Apesar de não possuir grandes evidências científicas, os relatos positivos dos pais reforçam esta recomendação.
A higiene da boca precisa ser rigorosa. Apesar de todo o desconforto, ela é imprescindível para evitar infecções secundárias!
Por causa da dor, surgem dificuldade para engolir e muita salivação. Por isso, alimentos frios, geladinhos, pastosos e sem temperos são os mais indicados.
Crianças não devem ir à creche ou à escola até todos os sintomas terem desaparecidos.